Me ligue às 3 da manhã de uma segunda-feira, pra contar que saiu com os guris, encheu a cara e lembrou de mim quando precisou de alguém pra encontrar as chaves de casa.
Não me deixe sozinha em uma terça. Fique ali, fumando teu cigarro, e me observando enquanto fico inquieta olhando mais uma temporada da série Sobrenatural
Aliás, deixe-me acender teu cigarro. Gosto de ver teu rosto iluminado pela chama do meu isqueiro da cor do céu.
Vem aqui pra casa, no sábado novamente, e fica mais um final de semana comigo.
Não vá embora sem dar tchau. Não invente essa de que odeia despedidas, isso é desculpa de covardes. Antes um abraço de adeus do que apenas um lembrar da noite de ontem. Quando chegar a quinta-feira, e tu já estiver de saco cheio de mim, me encontre pra dizer que cansou de nós. Na sexta, vá pra noite com os guris. Tome o que o dinheiro der e o estômago aguentar. Volte pra casa sem lembrar do que aconteceu. Acorde tentando entender porque não me encontrou na cama ao teu lado, no sábado. Durma o dia inteiro, me ligue e vá pra janela fumar, pensando o porquê de eu não ter te atendido. Quando estiver assistindo os teus filmes que tu tanto gosta, me ligue de novo, peça desculpas, tente te explicar e diga que quer que eu vá te ver. Aguente o tempo que for. Não me chame de fazida. Insista. Liga de novo e, quando eu resolver finalmente ir te encontrar, não ouse me deixar ir embora mais uma vez.
Doce Inferno Pessoal
Oi. Olá. Bom Dia. Boa tarde. Boa noite. Realmente não sei. Mas que bom que você veio! Espero que você entenda tudo o que quero transmitir em meus textos. Espero que você compartilhe do doce que escorrem entre cada letra, palavra e parágrafo por aqui! É tudo meio-que-pessoal mesmo. Bem-vindo ao meu Inferninho Pessoal!
quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014
domingo, 5 de maio de 2013
Medo de se Apaixonar - Fabricio Carpinejar
Você tem
medo de se apaixonar. Medo de sofrer o que não está acostumada. Medo de
se conhecer e esquecer outra vez. Medo de sacrificar a amizade. Medo de
perder a vontade de trabalhar, de aguardar que alguma coisa mude de
repente, de alterar o trajeto para apressar encontros. Medo se o
telefone toca, se o telefone não toca. Medo da curiosidade, de ouvir o
nome dele em qualquer conversa. Medo de inventar desculpa para se ver
livre do medo. Medo de se sentir observada em excesso, de descobrir que a
nudez ainda é pouca perto de um olhar insistente. Não suportar ser
olhada com esmero e devoção. Nem os anjos, nem Deus agüentam uma reza
por mais de duas horas. Medo de ser engolida como se fosse líquido, de
ser beijada como se fosse líquen, de ser tragada como se fosse leve.
Você tem medo de se apaixonar por si mesma logo agora que tinha
desistido de sua vida. Medo de enfrentar a infância, o seio que criou
para aquecer as mãos quando criança, medo de ser a última a vir para a
mesa, a última a voltar da rua, a última a chorar. Você tem medo de se
apaixonar e não prever o que pode sumir, o que pode desaparecer. Medo de
se roubar para dar a ele, de ser roubada e pedir de volta. Medo de que
ele seja um canalha, medo de que seja um poeta, medo de que seja
amoroso, medo de que seja um pilantra, incerta do que realmente quer,
talvez todos em um único homem, todos um pouco por dia. Medo do
imprevisível que foi planejado. Medo de que ele morda os lábios e prove o
seu sangue. Você tem medo de oferecer o lado mais fraco do corpo. O
corpo mais lado da fraqueza. Medo de que ele seja o homem certo na hora
errada, a hora certa para o homem errado. Medo de se ultrapassar e se
esperar por anos, até que você antes disso e você depois disso possam se
coincidir novamente. Medo de largar o tédio, afinal você e o tédio
enfim se entendiam. Medo de que ele inspire a violência da posse, a
violência do egoísmo, que não queira repartir ele com mais ninguém, nem
com seu passado. Medo de que não queira se repartir com mais ninguém,
além dele. Medo de que ele seja melhor do que suas respostas, pior do
que as suas dúvidas. Medo de que ele não seja vulgar para escorraçar mas
deliciosamente rude para chamar, que ele se vire para não dormir, que
ele se acorde ao escutar sua voz. Medo de ser sugada como se fosse
pólen, soprada como se fosse brasa, recolhida como se fosse paz. Medo de
ser destruída, aniquilada, devastada e não reclamar da beleza das
ruínas. Medo de ser antecipada e ficar sem ter o que dizer. Medo de não
ser interessante o suficiente para prender sua atenção. Medo da
independência dele, de sua algazarra, de sua facilidade em fazer amigas.
Medo de que ele não precise de você. Medo de ser uma brincadeira dele
quando fala sério ou que banque o sério quando faz uma brincadeira. Medo
do cheiro dos travesseiros. Medo do cheiro das roupas. Medo do cheiro
nos cabelos. Medo de não respirar sem recuar. Medo de que o medo de
entrar no medo seja maior do que o medo de sair do medo. Medo de não ser
convincente na cama, persuasiva no silêncio, carente no fôlego. Medo de
que a alegria seja apreensão, de que o contentamento seja ansiedade.
Medo de não soltar as pernas das pernas dele. Medo de soltar as pernas
das pernas dele. Medo de convidá-lo a entrar, medo de deixá-lo ir. Medo
da vergonha que vem junto da sinceridade. Medo da perfeição que não
interessa. Medo de machucar, ferir, agredir para não ser machucada,
ferida, agredida. Medo de estragar a felicidade por não merecê-la. Medo
de não mastigar a felicidade por respeito. Medo de passar pela
felicidade sem reconhecê-la. Medo do cansaço de parecer inteligente
quando não há o que opinar. Medo de interromper o que recém iniciou, de
começar o que terminou. Medo de faltar as aulas e mentir como foram.
Medo do aniversário sem ele por perto, dos bares e das baladas sem ele
por perto, do convívio sem alguém para se mostrar. Medo de enlouquecer
sozinha. Não há nada mais triste do que enlouquecer sozinha. Você tem
medo de já estar apaixonada.
terça-feira, 19 de junho de 2012
Mulheres, cigarro e álcool
Taí um título que encoraja muito marmanjo a clicar nesse link. Coitados,
certamente vão ler e não gostar, encher esse post de comentários nada
agradáveis e revoltados. Bom, sinto muito, não me abstenho de meus
pensamentos porque vocês me acharão menos legal.
Enfim, vamos logo com isso. Estava eu aqui, como de praxe, sentada em minha cama acompanhada de Kurt, John e uma bela dose de insônia, pensando nessa bobajada de "mulher que fuma e bebe é bagaceira". Sim, lá vou eu mais uma vez expressar meu feminismo exacerbado. Então, caras, qual o problema de fumarmos e bebermos? Por acaso teus amigos homens também são discriminados pelo ato de desgraçar com o próprio pulmão? Don't think so.
Não gostar do cheiro ou mesmo do ato de fumar, beleza. É opinião de cada um, gosto de cada um. Assim como cada um faz o que bem entende com a própria saúde. Isso não se relaciona com gênero e personalidade.
Pra não ser tão chata e repetitiva, vou deixar um pouco de lado essa questão da mulher. Partamos diretamente para o tópico de álcool e bebidas sem restringir a gêneros. Claro, com um título desses eu deveria seguir com argumentos diretamente relacionados ao sexo feminino, mas como a crônica é minha e eu a desenvolvo como bem entender, f****** as regras de qualquer faculdade.
De 10 grandes nomes da música, 11 se drogavam e bebiam diariamente, e mesmo assim fizeram menininhas e velhos barbudos se esganiçarem gritando em shows pelo mundo todo. Vão me dizer agora que Janis Joplin, Bob Dylan (o cara que apresentou o mundo das drogas a banda mais famosa de todos os tempos), Amy Winehouse, Cazuza e Renato Russo são piores pessoas porque fumavam e bebiam loucamente? Hipocrisia total reclamar de um ato que seus próprios ídolos faziam. Tudo bem, digam-me que todos esses morreram cedo, mas e quem nesse mundo está livre de ser atropelado amanhã ou semana que vem? Sim, papo clichê esse, porém, verdadeiro.
Todo mundo algum dia já fez, vai fazer, já gostou ou vai gostar de algo que muitos julgarão como errado. Não há nada mais normal que isso. Mente quem disser que nunca julgou o colega ao lado por coisa qualquer. Não estamos livres de nada nessa vida. Nem da morte, muito menos da própria contradição. Tu, que ontem odiava Michel Teló, amanhã pode estar cantando "ai se eu te pego" enquanto toma banho. Na minha opinião, um retardamento no gosto musical mas, bem, essa é MINHA opinião.
Então, pessoal, livremo-nos de nossos preconceitos interiores. Deixemos que transpareçam nossos mais profundos desejos e vontades. Esqueçamos que fazemos parte de uma sociedade onde seguir as regras é a primeira regra. Afinal, quem as dita somos nós mesmo.
Enfim, vamos logo com isso. Estava eu aqui, como de praxe, sentada em minha cama acompanhada de Kurt, John e uma bela dose de insônia, pensando nessa bobajada de "mulher que fuma e bebe é bagaceira". Sim, lá vou eu mais uma vez expressar meu feminismo exacerbado. Então, caras, qual o problema de fumarmos e bebermos? Por acaso teus amigos homens também são discriminados pelo ato de desgraçar com o próprio pulmão? Don't think so.
Não gostar do cheiro ou mesmo do ato de fumar, beleza. É opinião de cada um, gosto de cada um. Assim como cada um faz o que bem entende com a própria saúde. Isso não se relaciona com gênero e personalidade.
Pra não ser tão chata e repetitiva, vou deixar um pouco de lado essa questão da mulher. Partamos diretamente para o tópico de álcool e bebidas sem restringir a gêneros. Claro, com um título desses eu deveria seguir com argumentos diretamente relacionados ao sexo feminino, mas como a crônica é minha e eu a desenvolvo como bem entender, f****** as regras de qualquer faculdade.
De 10 grandes nomes da música, 11 se drogavam e bebiam diariamente, e mesmo assim fizeram menininhas e velhos barbudos se esganiçarem gritando em shows pelo mundo todo. Vão me dizer agora que Janis Joplin, Bob Dylan (o cara que apresentou o mundo das drogas a banda mais famosa de todos os tempos), Amy Winehouse, Cazuza e Renato Russo são piores pessoas porque fumavam e bebiam loucamente? Hipocrisia total reclamar de um ato que seus próprios ídolos faziam. Tudo bem, digam-me que todos esses morreram cedo, mas e quem nesse mundo está livre de ser atropelado amanhã ou semana que vem? Sim, papo clichê esse, porém, verdadeiro.
Todo mundo algum dia já fez, vai fazer, já gostou ou vai gostar de algo que muitos julgarão como errado. Não há nada mais normal que isso. Mente quem disser que nunca julgou o colega ao lado por coisa qualquer. Não estamos livres de nada nessa vida. Nem da morte, muito menos da própria contradição. Tu, que ontem odiava Michel Teló, amanhã pode estar cantando "ai se eu te pego" enquanto toma banho. Na minha opinião, um retardamento no gosto musical mas, bem, essa é MINHA opinião.
Então, pessoal, livremo-nos de nossos preconceitos interiores. Deixemos que transpareçam nossos mais profundos desejos e vontades. Esqueçamos que fazemos parte de uma sociedade onde seguir as regras é a primeira regra. Afinal, quem as dita somos nós mesmo.
quarta-feira, 16 de novembro de 2011
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